quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Torre das Aguias


O tempo e a incúria ameaçam reduzir a escombros a Torre das Águias, imponente solar fortificado do tempo de D. Manuel I. A classificação como monumento nacional não impediu a degradação do edifício, que é hoje propriedade privada.

Sem autorização dos proprietários e sem dinheiro, o município não consegue intervir. Já pediu ajuda ao Estado, mas nada foi feito até agora. Em tempos, este solar acolhia fidalgos para repouso, após as caçadas.

in RR

22 comentários:

  1. A Torre das Águias está a cair, é um facto. Os fidalgos, pois, não sei por onde andam.
    Acho que vai cair, como vão cair outros edifícios que representam a memória de um povo.
    Este é o país miserável que temos.

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  2. E onde está a memória do Povo? Os que têm memória não têm como falar dela, e os que falam falam, não têm memória.

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  3. Falam falam, não têm memória, depois ainda fazem deles primeiros ministros ou presidentes de câmara.
    Está porreiro pá.

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  4. Caros Amigos do blog.

    Nas minhas recentes deambulações bloguistas, descobri um blog - RUIN'ARTE - que, com a devida vénia, queria aconselhar-vos a consultar. O tema é o património arquitectónico em ruínas, com fotografias espectaculares (no meu modesto e leigo ponto de vista) complementadas com textos muito bem trabalhados. O autor, Gastão de Brito e Silva, apresenta trabalhos recolhidos por todo o país.

    Em 11-04-2010, foi publicado um trabalho sobre uma visita à Torre das Águias, que, pelo interesse que encerra e porque nos diz particular respeito, merece uma consulta.

    Aqui fica o conselho.

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  5. Já conhecia o RUIN'ARTE, um pouco por dever (e também por prazer...) de ofício e concordo plenamente com a sugestão de C.B.

    Dizer que o Património Histórico material é a memória física do nosso passado colectivo, do que foram e construiram os nossos antepassados e que merece, por uma carrada de razões, ser preservado é, nos dias que correm, uma banalidade que passa quase despercebida junto da opinião pública.

    Esta OP, a contas com necessidades mais ponderosas do tipo "desenrasca-te como puderes, passa por cima de quem precisares, não te deixes enganar mas safa a tua 'vidinha' e quem vier atrás que feche a porta", não tem tempo nem espaço mental para se ocupar de torres das águias em ruínas.

    A lógica que levou à decadência da outrora pujante vila das Águias, ou seja, o oportunismo interesseiro de matriz religiosa aliado ao declínio da Nobreza terra-tenente, deveria servir-nos de lição e percebermos o que também, sejam quais forem as causas, pode acontecer a este concelho.

    Não somos os EUA, esse país que não tem História só tem Fronteiras a ultapassar, como eles gostam de se definir e sublimar a sua ausência nos alvores da Civilização. Por isso não necessitamos de importar da velha Europa castelos inteiros, pedra por pedra, para adquirir pedigree histórico. Já cá o temos, só que não lhe damos o devido valor, não o conservamos, não o restauramos, não o revitalizamos.

    Em vez disso constróiem-se coisas que nem conseguiriam, como o conseguiram as poderosas alvenarias de pedra da T. das Águias sobreviver a um terramoto de 17755, e que à escala de meia dúzia de gerações lhes acontecerá o mesmo que aconteceu aos castelos de Cabeção, Mora, Montargil, Erra, Coruche: só fica a memória do Nome e a noção do Sítio.

    Ao Povo nada disto é relevante.
    Com uma agenda carregada de festejos e as chatices da vida que cada vez são mais,como é que hão-de ter vagar para estas coisas?
    A defesa do Património Arquitectónico é peditório para o qual o pessoal já deu.

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  6. Estes comentários inteligentes, dão cabo do Blog.
    Ora uma pessoa chega aqui, e perante isto até desanima. Até perde a vontade de asneirar.

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  7. Caro Anónimo de 02-10-10 23:23

    BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS (Mat. 5,3).

    Mas meu amigo, olhe que isso vai levar muito, muito tempo. Entretanto não desanime, trate-se e espero que definitivamente perca a vontade de asneirar.

    Um abraço de compreensão.

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  8. Contas por alto

    A terra a quem a trabalhaImaginando que há setecentos mil trabalhadores na Administração Pública e que desses 30% ganham mais de 1.500 Euros temos 210 mil trabalhadores da AP que vão contribuir para que toda a AP tenha um decréscimo de encargos salariais de 5%.

    Coisa fina.

    Fazendo as contas por alto, considerando os anos em que os salários na AP estiveram congelados (coisa de que ninguém fala) e apesar do aumento de 2,9 do ano passado (coisa de que não há quem não fale), os tais 210 mil trabalhadores da AP irão ficar com salários semelhantes aos que tinham há 10 anos.

    Nesses 10 anos essa gente assumiu compromissos mediante os vencimentos que tinha. Meteu-se a comprar casa, a educar os filhos, etc. e, como tinha as contas feitas, não se considerava na faixa do chamado “risco de crédito malparado”. Também os Belmiros e quejandos mantinham as prateleiras aptas para essa gente e o fisco que lhes paga com uma mão e que, com a outra, lhes arrecada parte, vai ter decréscimo na receita.

    A espiral criada irá retirar o sorriso cretino da cara de quem agora pensa que isto é o mal dos outros. Esquecem-se que o problema reside no facto de Portugal ser um País de funcionários públicos.

    Uns, porque têm esse estatuto de papel passado, como diriam os brasileiros, são os bodes-expiatórios, os outros que não o têm, mas cujas empresas vivem quase exclusivamente do erário público, julgam-se diferentes e afinal a diferença assenta só naquilo que os segundos empocham a mais do que os primeiros.

    Costumo dizer que em Portugal os funcionários públicos são de primeira e de segunda. Uns picam o ponto e deles se diz serem o mal da nação, os outros estão isentos desta obrigação e repimpam-se à mesa do orçamento pendurados nas rubricas de "aquisição de serviços" ou de "serviços diversos".

    Os primeiros calam-se e comem (pouco), os segundos enchem o bandulho, criticam os primeiros atirando-lhes à cara que são eles que lhes pagam os vencimentos, como se o vencimento de uns e outros não resultasse do pagamento do trabalho.
    LNT
    [0.336/2010]
    Retirado do Blog A Barbearia do Sr. Luís

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  9. O Menino de Oiro tem muito dinheiro, não recupera, porque não quer.

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  10. Caro CB, há muito que não me chamavam burro ignorante. Bem o mereço, já que a minha pretensa veia humorística,parece não passar disso mesmo: pretensa. De outra forma, por certo o Sr. entenderia que o meu comentário pretendia ser uma piada.
    A sua compreensão parece-me humilhante, ainda assim, obrigado pelo abraço.

    Anónimo 02-10-10, 23,23

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  11. Este pessoal não está virado para a conservação de monumentos históricos, é mais vocacionado para a preservação de históricos abortos.

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  12. Começando pela Besta ,que foi até há pouco tempo Alcaide, dessa Fortaleza!!

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  13. afinal o ex.pc tem andado a dar de mulher a dias lá em casa enquanto a esposa anda às cabeçadas com o Matos da Junta

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  14. Ah sim? Uma boa forma de ocupar o tempo, nao trata da Horta no Cerrado, nem vai ao Patrido á tarde.Então limpa o pó e varre a Maison!!

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  15. MORA?! Bela Merda N Gosto Nada

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  16. Não Gostas? O problema é teu. Ninguem te pediu opinião, nem esta marcado nenhum referendo.

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  17. O tipo das 21:00, veio a Mora, e esqueceu-se da vaselina. Abalou doído...

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  18. Mas eu gosto muito de Mora.
    Não gosto do slogan: Mora é Forte.
    Gosto da mensagem: Moralinda.
    E não gosto pela anormalidade da ideia, como se fosse possível, Mora viver sem a solidariedade dos outros concelhos, do país.
    Estes conceitos de peitaça oca, cobarde, que perante a mais pequena brisa, anunciam tempestade.

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  19. 22:43
    Imagino que sabe de onde vem o "Mora é Forte".
    Pergunto: Mora passar para Portalegre, é uma pequena brisa? Tudo o que aquela resistência permitiu, foi uma cobardia?

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  20. Toda essa luta foi uma falácia. Onde os responsáveis pelo silêncio de 19 anos e ausência de intervenção institucional atempada tiveram de in extremis convocar o povo para fazer o que eles, políticos não tiveram capacidade para tratar em tempo útil.
    O povo respondeu, mas merecia mais respeito de um de outro lado dos politiqueiros.

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  21. Como é que isso era possível? Se os Politicos do Poder, cá de Mora, andavam na Cópófonia.Mais, até iam ao Estabelecimento Comercial, do Cabo Corvo, na Aldeia Velha(Avis-Portalegre),degustar uns ricos pratos!!!

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  22. Caro Anónimo de 02-10-10 23:23 / 04-10-10 01:22

    À força de ler aqui tantos comentários desgarrados e por uma distracção na leitura, não me apercebi da figura de estilo. E isso impõe, da minha parte, dois pedidos: uma desculpa e que continue com as ironias.

    Espero que a situação decorrente deste “quid pro quo” fique encerrada.

    Um abraço.
    C.B.

    PS:
    Sem pretender fazer qualquer espécie de confusão entre BURROS (animais dignos, mas em vias de extinção) e ASNOS (animalejos abundantes em demasia), mantenho a mensagem para estes últimos.

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