Os autarcas eleitos e os nomeados da Câmara Municipal de Vidigueira decidiram ontem, segunda-feira, numa medida inédita em Portugal, reduzir em 10% os seus salários, como forma de contribuir para o aumento do vencimento dos funcionários que auferem o salário mínimo nacional.
Anteontem a autarquia tinha ornado pública, outra decisão sem precedentes na vida autárquica, ao aumentar as subvenções de 40 trabalhadores, que tinham de ordenado base 450 euros, passando os mesmos a receber 532 euros.
Ao JN, Manuel Narra, presidente do Executivo municipal, justificou que esta tomada de posição está "dentro do mesmo pacote" e visa sustentar em termos orçamentais a medida aplicada aos trabalhadores, "contribuindo para o equilíbrio orçamental" da edilidade. Lembrando que o aumento salarial, que vai custar 50 mil euros/ano aos cofres da Câmara, o autarca sustentou que a redução dos vencimentos "não chega para cobrir a totalidade da decisão". "Trata-se, porém, de um sinal de que queremos contribuir para combater a crise", salvaguardou.
O autarca da Vidigueira, também vogal do Conselho Directivo da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (AMBAAL), defende que a classe política "deve ser aquela que se posiciona melhor para dar o exemplo". E lança um desafio a outros autarcas e políticos em geral, no sentido de "seguirem o exemplo", dos homens e mulheres da vila alentejana.
O edil recorda que "face à crise instalada na Grécia foram tomadas medidas idênticas", sustentando que, em Portugal, se "devia seguir" o mesmo caminho.
Anteontem a autarquia tinha ornado pública, outra decisão sem precedentes na vida autárquica, ao aumentar as subvenções de 40 trabalhadores, que tinham de ordenado base 450 euros, passando os mesmos a receber 532 euros.
Ao JN, Manuel Narra, presidente do Executivo municipal, justificou que esta tomada de posição está "dentro do mesmo pacote" e visa sustentar em termos orçamentais a medida aplicada aos trabalhadores, "contribuindo para o equilíbrio orçamental" da edilidade. Lembrando que o aumento salarial, que vai custar 50 mil euros/ano aos cofres da Câmara, o autarca sustentou que a redução dos vencimentos "não chega para cobrir a totalidade da decisão". "Trata-se, porém, de um sinal de que queremos contribuir para combater a crise", salvaguardou.
O autarca da Vidigueira, também vogal do Conselho Directivo da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (AMBAAL), defende que a classe política "deve ser aquela que se posiciona melhor para dar o exemplo". E lança um desafio a outros autarcas e políticos em geral, no sentido de "seguirem o exemplo", dos homens e mulheres da vila alentejana.
O edil recorda que "face à crise instalada na Grécia foram tomadas medidas idênticas", sustentando que, em Portugal, se "devia seguir" o mesmo caminho.
Oxalá a ideia chegue a outros autarcas, e se estenda também aos ministérios, aos institutos e a todos os sectores dependentes do estado.
ResponderEliminarCabe aqui recordar a velha máxima do PCP(ML): "Os ricos que paguem a crise".
Os ricos e os principescamente pagos, acrescento eu.
E na Camara Municipal de Mora?A camara da Vediguera tambem é do PC!!
ResponderEliminarFicaria imensamente satisfeito se se gerasse aqui um movimento de solidariedade que alastrasse aos nossos governantes, deputados e administradores publicos e privados que ganham, pelo menos, acima de 5 mil euros mensais. Com esta medida poder-se-ia aumentar, substancialmente, todos aqueles que ganham abaixo de 500 euros.
ResponderEliminarIsso é que era. Aí, já tinham toda a autoridade do mundo para congelarem todos os outros salários.
ERA BOM QUE MUITOS MAIS POLITICOS TIVESSEM VERGONHA E PROCEDECEM DESTA FORMA,AJUDANDO AQUELES QUE AUFEREM BAIXOS SALÁRIOS.
ResponderEliminarDigam isso aos camaradas da nossa cmm , a ver o que eles dizem , eu até acho que o comuna do fininho esta de acordo em baixar o seu salario , esperar para ver o que eu duvido.
ResponderEliminarDeve ser , ja a seguir isso é uma camara de muita qualidade
ResponderEliminarVAmos ver o que acontece na cmm.
ResponderEliminarMas vocês continuam todos enganados, estes dirigentes autarcas não são comunistas, são oportunistas, o que é muito diferente. Será que vocês ainda não viram isso.
ResponderEliminarEsse exemplo lá da Vidigueira não está à altura aqui de Mora.
ResponderEliminarAqui a 'música' é outra. Essa coisa dos que têm mais repartirem com os que têm menos é flôr que se usa na lapela para bem parecer, não tem que ser necessáriamente uma teoria para levar à prática. E, além do mais, quem é culpado é o governo! não foi ele que aprovou as leis que mandam nos ordenados? não fomos nós.
É ridículo? pois é ridículo mesmo...
O que há de verdadeiramente indecoroso nesta história é a forma como até agora, o sacrossanto centralismo democrático tem ignorado o assunto e até a própria comunicação social parece ter accionado uma firewall sobre o acompanhamento do mesmo, convergindo no apagar desse fogo revolucionário.
Enfim, razões que a Razão desconhece.
Voltando ao chão municipal, depara-se-nos um Poder mais orientado para a auto-manutenção do que para assumir o seu papel de mola impulsionadora do desenvolvimento concelhio.
O que outrora foi, pese embora todas as forças de contra-vapor, uma alavanca de progresso (para utilizar a terminologia da época), revela-se agora um pesado sistema burocrático-administrativo que vai cumprindo uma espécie de serviços mínimos, mas incapaz de se extirpar dos 'democratas' que adejam à sua volta, dos que beneficiam da repartição do Poder pelos apaniguados, pelos áulicos e próceres do regime.
Acresce ainda outro problema que resulta do facto do sistema ter vivido acima das suas posses, em esbanjamentos e luxos asiáticos, e agora durante longos meses (anos?), práticamente todos os recursos financeiros serem absorvidos pelas despesas correntes assumidas e pelo serviço da dívida directa e indirecta.
Pensam que é mau? Ainda pode ser pior...