terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Apoios à Natalidade em Mora crescem quase 40 por cento em 2009


A Câmara de Mora atribuiu no ano passado 20.500 euros em subsídios à natalidade, correspondentes a 25 novos bebés do concelho, o que representa um aumento de quase 40 por cento dos apoios, em comparação com 2008.

Segundo o município alentejano de Mora, o montante investido em 2009, ano com o número "recorde" de nascimentos desde 2004, quando a medida foi implementada no concelho, implicou "um aumento de 38,8 por cento, face a 2008", quando foram atribuídos 14.500 euros (para 18 bebés).

Desde a adoção dos subsídios à natalidade, nasceram 104 bebés naquele concelho do distrito de Évora, com a verba disponibilizada às famílias pela autarquia a totalizar já os 74 mil euros.

Dos 104 novos bebés, 69 foram primeiros filhos, 26 segundos filhos, oito terceiros filhos e, pela primeira vez, um quarto filho, nascido no ano passado.

A Câmara de Mora atribui 500 euros para o primeiro filho, mil euros para o segundo e 1.500 euros a partir do terceiro.

Apesar destes incentivos, a autarquia argumentou hoje que a fixação das pessoas no concelho se deve, sobretudo, às "condições de desenvolvimento sustentado" que a região atravessa.

A consolidação da pequena indústria e o incremento do turismo, além das várias medidas camarárias disponibilizadas para apoiar a habitação jovem, são algumas das justificações avançadas.

O "aumento dos postos de trabalho no comércio e restauração", muito por influência do Fluviário de Mora, é outro dos "sinais" apontados pela câmara para a fixação da população e a "imigração" oriunda de "concelhos vizinhos".

No que respeita aos apoios anuais à natalidade, que começaram a ser distribuídos em outubro de 2004, a autarquia investiu quatro mil euros, relativos a seis novos bebés, nesse primeiro ano.

No ano seguinte, o número de nascimentos subsidiados subiu para 14, com uma verba de 11 mil euros, e voltou a subir, em 2006, para 24, com 25 mil euros. Já em 2007, nasceram 17 crianças, pelo que a câmara pagou 10.500 euros.

Em 2008, 14.500 euros foram destinados aos 18 novos bebés, voltando estes números a subir no ano passado, com os 20.500 euros, relativos aos 25 pequenos novos habitantes de Mora.

(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Com Lusa

1 comentário:

  1. Permitam-me que discorde e digo já porquê.

    Acho muito bem que, atendendo à debilidade sócio-económica deste concelho, o Poder Local se tenha substituído, ou complemente, o Poder Central em matéria de apoios sociais. Até aí, ainda vá que não vá...
    Agora o que não posso aceitar e é-me de todo impossível compreender é que, a propósito do investimento municipal de 74 mil euros em 104 bébés aqui nascidos em 5 anos, se arrole e propague a idéia de uma economia de sucesso em franco desenvolvimento. Sabemos que não é assim, que essa é uma imagem falsa e que não corresponde à realidade.

    Falar na "fixação de pessoas", na "consolidação da pequena indústria", no "aumento dos postos de trabalho",etc., sem apresentar outros dados concretos para além daquele nº de nados-vivos, soa a cantiga para enganar incautos.
    Para que se pudésse fazer uma análise com o mínimo de rigor sobre a matéria, a Lusa e a sua fonte de informação deveriam fornecer igualmente os números referentes a:

    a) Nº de óbitos no mesmo período para fazermos uma idéia do saldo demográfico;
    b) Evolução do PIB per capita e do VAB concelhio;
    c) Quantos desempregados havia e há actualmente;
    d) Qual o valor do indìce de Desenvolvimento Humano do concelho de Mora;
    e) Quantos imigraram e quantos emigraram
    d)A taxa de escolarização/abandono escolar v.s taxa de aproveitamento escolar;
    f) Mencionar outros indicadores como p.e., o nº de licenças de construção passadas, o nº de dormidas turísticas, a evolução do consumo de energia eléctrica e dos impostos (IVA,IRS,IRC,IMI) cobrados localmente;
    g) etc., etc.

    Só assim se poderia, (ou não!!!), falar numa política de sucesso no que ao nível de investimento autárquico diz respeito.

    Eu não sou do Restelo nem ainda velho, mas estou farto de ver qualquer um a fazer insinuações. Prová-las é uma história diferente.

    ResponderEliminar

Participe com a sua opinião.
Não se esqueça de respeitar os outros e as suas opiniões.
Os comentários que utilizem linguagem desapropriada e ofensiva são eliminados.
Os comentarios serão moderados