quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eu fui a Lisboa abraçar-te

Texto retirado da página da Indymédia. Vale a pena ler.

Eu fui a Lisboa abraçar-te

A ordem perturba mais do que a desordem.

Quem quiser ver, a democracia está aí: converteu a política, toda a política, no confronto com a polícia.
A política é hoje tudo aquilo que escapa ao sistema político-partidário. E contra o que escapa ao sistema político-partidário, a mentira da democracia chama a polícia.

Desta vez, não foram apenas os sitiados pelo controlo social e político – exercido pelo Estado em nome da falsa democracia – que sentiram na pele a repressão exercida pelo aparato da polícia-exército: alguns jornalistas, curiosos, transeuntes, imigrantes, ficaram espantados. Um carioca, ao entrar no Rossio às 18h da tarde ficou mudo e gelado: pensou que tinha regressado ao Morro Formiga na favela da Tijuca.
Mas a falsa democracia é por demais previsível: o ataque preventivo começou cedo. Ataque preventivo na rua, em Lisboa, ataque preventivo nos/dos Media com a série policial black block, ataque preventivo nas fronteiras. Assim desvia a falsidade da sua essência, assim limpa a ferocidade do seu Estado-Guerra: cercar o mal, isolar o desordeiro, o violento, o vândalo, os palhaços, os filhos-da-puta.
Mas se o Estado é cada vez mais guerra e cada vez mais previsível, o que dizer do PCP?

O meu avô e o meu pai foram/são comunistas. O meu avô foi preso, torturado, na prisão tentou suicidar-se para não ceder à tortura, para não ceder à violência: quis ceder a vida para não ceder a liberdade. Teve 7 dias em coma, tantos quanto os dias que ficou sob tortura do sono – a mesma tortura, entre tantas outras, que a NATO infligiu e inflige aos prisioneiros de guerra do Afeganistão e Iraque com o beneplácito do Estado português. Ao fim de 7 dias de tortura do sono, num rebate de lucidez, atirou-se a pique e de cabeça do vão das escadas do 4ª andar da prisão de Coimbra.
O meu pai, deu metade da vida pelo “partido”. Acumulou cólera e raiva, cortes nos direitos sociais e degradação da democracia. (A única coisa que ganhou foi, isso sim, o movimento de base e habitacional cooperativo que ajudou a fundar com sucesso). Acumulou mais cólera e raiva do que aquela que eu tenho.

O PCP é uma linha de comando de controlo da raiva e da cólera?

Nenhuma outra estrutura/movimento político e social no país é um “black block” em potência além do PCP.
Se a voz de comando disse-se: ocupem as fábricas, ponham cadeados nos portões, não deixem sair os camiões, o país parava. O PCP não tem de o fazer, só a ele lhe cabe essa responsabilidade, ou melhor, ao seu comité. Mas para achar a nossa responsabilidade em tudo o que fazemos, temos sempre que confrontar aquilo que realmente fazemos com as possibilidades do que poderíamos fazer e não fazemos. Nessa diferença, podemos achar a nossa irresponsabilidade.
Pergunto – não à voz de comando, aquele que declara à Lusa (Fonte: TVI) que as pessoas que foram impedidas de entrar no protesto «não pediram antecipadamente para fazer parte do corpo principal da manifestação»; ou ainda, citando a reportagem assinada no JN por Catarina Cruz, Carlos Varela e Gina Pereira, “o único caso de maior preocupação deu-se, a meio da tarde, quando um grupo não organizado foi cercado pelo Corpo de Intervenção da PSP, junto ao Marquês de Pombal. A intervenção policial deu-se a pedido dos organizadores da manifestação que perceberam que mais de 100 pessoas iam integrar o protesto. A polícia, fortemente armada, cercou o grupo na cauda do cortejo” –, pergunto a tantos comunistas e simpatizantes do PCP (e já agora aos outros movimentos partidários que a integravam) se têm o direito de impedir que um outro grupo de cidadãos exerça o mesmo direito que eles próprios gozaram no mesmo sítio, à mesma hora?
O que o PCP fez (ou a organização submetida à lógica centralista e autoritária do PCP) foi ilegal, ilegítimo e, sobretudo, um ultraje. E para fazer cumprir uma ilegalidade, chamou a polícia. E ditou-lhes: façam desta forma, cerquem esse grupo de cidadãos, ou seja, exerceu com eficácia o seu poder sobre as autoridades condicionando-as a agir fora da lei. Conseguiu o apartheid. Foi a peça que faltava no puzzle montado pelo circo do poder para legitimar mediaticamente a NATO, a sua cimeira, a sua máquina de guerra.
Foram três as entidades que montaram o circo mediático de legitimação da Cimeira da Nato: as altas-esferas políticas; a Polícia e os seus vários serviços; e os Media de Informação de Massa.
E o circo mediático tinha uma pedra-chave em todo processo de desvio da essência assassina da NATO e limpeza do sangue do seu cadastro criminal: os black block.
15 dias antes, começou-se a armar a tenda: telejornais transformados em séries policiais.
Os black block seriam a pedra-chave para montar o cerco, para apontar o adversário, para legitimar a repressão. Bastaria um carro a arder ou uma montra partida e, passe de mágica, o espectador lá de casa pensaria: de facto, os gajos da NATO até têm razão, estes tipos anti-Nato são uns arruaceiros. E todos os manifestantes passariam a ser arruaceiros e os senhores da Guerra uma espécie de caritas global d’ ajuda ao outro!
Mas desta vez, a tripla entente (Estado-Guerra, polícia e Media) não precisou de polícia infiltrada a partir as montras, para isolar o adversário, para desviar a atenção dos 35 mil mortos civis afegãos, os torturados, o horror, o ódio, o terror espalhado pela NATO. Tinham a voz de comando do PCP: a farsa dos B.B (barbies big-brother), a psicose colectiva instigada na TV por Estado-Guerra, Polícia e Media, passava a ter a sua realidade na manifestação contra a cimeira da Nato.
Nessa lógica, o PCP integrou a lógica do Estado: primeiro, limitou a sua actividade de protesto à legitimidade imposta pelo Estado da falsa democracia, como sempre tem feito (uma greve geral em 22 anos é uma espécie de suicídio assistido pelo capitalismo…), depois impedem um grupo de pessoas de juntar-se a uma só voz contra a Guerra, contra a NATO.

Cerquem esse grupo, cacem-nos, porque a democracia está em perigo!

E cercados que estávamos, passámos a ser o adversário, o arruaceiro, o vândalo, o criminoso que vem na TV. Nem uma pedra atirámos. O que o PCP e a polícia-exército fizeram foi fazer-me sentir, num par de horas, um palestino.
Num par de horas, a violência do cerco policial, converteu-nos em palestinos e palestinas (sem querer dramatizar, é apenas uma imagem, pois sei bem a diferença que vai entro um cerco num par de horas e um cerco total durante 3 gerações…). Nem sequer uma pedra atirámos. (Nem sequer aquelas garrafas d’água que se esborracharam no Vital Moreira… talvez tivessem sido anarcas com credencial!!!!!!!!!).
Entre pacifistas, libertários, membros da PAGAN, anarquistas e outros tantos seres como eu sem serem “istas” de nada, ali estiveram demonstrando a sua não-violência num momento inusitado de demonstração da violência do Estado e de clara violação de dois direitos fundamentais, o direito à manifestação em qualquer espaço público sem prévia autorização e o direito à livre circulação no espaço público do território nacional (não nos esqueçamos que ao longo do percurso foi-nos sucessivamente negado o acesso livre ao território que a voz de comando determinou que não podíamos pisar). À nossa volta, acabava a falsa democracia… mas quando a (falsa) democracia chega tão longe…

Sitiados, com polícias que nos ladeavam enfileirados a um metro ou dois de distância uns dos outros, já não tínhamos mais nada senão o corpo. Caçados os direitos, era a sobrevivência do corpo. A liberdade de ser corpo. Nada mais. Não atirámos uma pedra.

Por isso, no fim, quando te abracei, sei que abracei outro corpo, tão vivo quanto o meu, só violência de lágrimas. Mais nada.

Temos de voltar a fazer amor com a liberdade ou a democracia deixará de existir.

Pelo estado de ruína da cidadania, pela crescente militarização da polícia, pelo estado de ódio e controlo social, os nossos filhos (aqueles que continuem a afirmar a liberdade com a vida) caminharão já não escoltados de cada lado por um polícia, mas por tanques de guerra. Então, seremos cada vez mais palestinos e palestinas, cada vez mais cercados, e o nosso corpo, para viver, vai ter de explodir.

Júlio do Carmo Gomes

Mais duas breves notas:
Ainda os finlandeses impedidos de entrar na fronteira portuguesa. Num dia da vida deles, cada um desses homens, disse: o meu corpo não será uma arma. Nenhum Estado me obrigará a pegar numa arma. O meu corpo não tirará a vida a outro corpo. Objectores de consciência, pacifistas entranhados, vinham juntar-se aos activistas que em Lisboa condenaram outro tipo de homens: aqueles que, num dia da vida deles, não tendo coragem para matar com o seu próprio corpo, mandaram outro corpo puxar o gatilho. O que espanta não é a arbitrariedade da polícia, o abuso da autoridade, a sua insuficiência. Mas a normalização da violação de um direito fundamental. Já alguém apresentou uma queixa contra o Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem?

Na acção de desobediência civil não-violenta levada a cabo na manhã de sábado o ambiente de protesto e mesmo a actuação policial acabou por correr sem ânimos exaltados, com relevo para a calma dos activistas e para a descoordenação da polícia (por exemplo, não conseguiram evitar um acidente de duas viaturas, sem qualquer gravidade, não tinham carrinhas suficientes para os detidos, e, numa cidade sitiada por polícias, só passado 25 minutos passaram a ser em número igual aos dos activistas…). Em todo o tempo em que estive lá a observar, como testemunha e prestando o meu apoio aos activistas, só vi uma pessoa exaltada: Paulo Moura, jornalista do Público. Indignado comigo pelo facto de eu não ter conseguido, pelo desenrolar das circunstâncias, cumprir com o que com ele tinha combinado: ler o comunicado dos activistas uma única vez diante de todos os jornalistas presentes. Não foi possível. Não estava lá como profissional de conferências de imprensa… Exaltado, para espanto também das outras duas pessoas que assistiam aos seus amuos devido à sua árdua tarefa de jornalista violentado nos seus direitos humanos pelo conferencista de serviço, o espanto atingiu o clímax com o comentário do ofendido: “Vocês são iguais aos gajos lá de baixo da Cimeira”. Mesmo ficando na dúvida se apenas se referia aos adidos de imprensa dos senhores da guerra, respondi-lhe: “Nenhum de nós tem as mãos manchadas de sangue”. O profissional acalmou-se, respirou fundo, recompôs-se da figura: “Só tenho uma pergunta: quantos foram detidos?”. Ora, para isso, tem a polícia

WEHAVEKAOSINTHEGARDEN

28 comentários:

  1. Bom Texto.Tem qualidade.Mas não nos queiras silenciar, sobre a propotencia da dupla Sinogas/Luis Simão, e que esta a ser exercida ao funcionario da Camara , de seu nome Luís Cardoso.

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  2. Espero que não me levem a mal, por mudar de assunto.
    Em relação ao post, não tenho opinião formada, mas parece-me que a influência comunista neste caso, não deve ser assim tanta.
    Mas o que eu queria mesmo, era saber noticias de uma eventual "tertúlia Perna Torta", que segundo a minha fonte, entre outras missões, tem a de combater o actual poder instalado na Câmara, mas principalmente a criação de condições para a entrada na Câmara, de um novo sindicato, afecto à UGT.
    Fico na esperança de novidades.

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  3. Estás de certeza muito mal informado.
    Porra, vocês querem mesmo controlar tudo, as pessoas já não podem beber umas cervejas, é necessário um salvo conduto do comité do beco do teatro.
    Tenham juízo!

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  4. Porra,pá!!!Estou destroçado!!!! 3-0 de uns coxos daqueles...
    Mas a porra da greve, não era só em Portugal??
    É triste reconhecer, mas não merecemos seguir em frente. Mas que grande beiçada...

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  5. Em Mora, ainda existem cidadãos livres, e os gulags, foram encerrados em 1956.
    Aqui, teimam em querer manter essas merdas das perseguições a pessoas.

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  6. 22:37

    Eu não quero controlar nada. Tu é que parece quereres controlar o meu direito de questionar eventuais movimentos. Não tenho especial interesse, mas apenas curiosidade. Eu já tinha reparado que este espaço tem alguns "donos", mas não te preocupes, que não tenho a intenção de andar aqui a chatear. Passa bem, e fica lá com o gato para ti e para os teus.

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  7. O que incomoda é o tom inquisitório, e se um grupo de cidadãos quisesse de facto criar condições para a entrada de um sindicato afecto à UGT, qual era a crise?
    A liberdade de associação já foi banida?

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  8. O amigo Luis Cardoso já pensou que esta cambada de frustrados que por aqui anda, acobardados atrás de um anonimato, onde são os maiores valentaços, estão a criar, creio que voluntariamente porque gostam é de sangue, um ambiente de crispação entre si e o actual executivo. Se o problema tem condições para se resolver, com o novo executivo, não será de bom senso discutirem-se as coisas num ambiente sério? Considera o amigo ser este o local indicado para fazer a sua defesa? Acha que tem algum valor as subopiniões que daqui saem? Pessoas sem rosto e sem nome contam para alguma coisa? Sabe você quantas pessoas são. Não será só uma ou duas a emitir muitas larachas? muitas vezes em sentido contrário áquelas que já emitiram noutras alturas? Poderá ser o meu caso, por exemplo. Vá-se lá saber.
    Pense nisso.

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  9. Em Mora, Terra de Progresso, a boataria alastra, o cinismo floresce, a hipocrisia é eterna.

    Quantos Luíses Cardosos não haverá por aí, escondidos em teias de enganos, urdidas ao longo de vidas sem Vida e que perante um exemplo da mais pura crueldade, apenas conseguem verter o fel, adocicado aqui ou ali, que lhes ensopa os neurónios?

    Aos infantis, desculpa-se-lhes a falta de desmame.
    Aos brincalhões, ao menos que elevem o sentido de Humor.
    Aos paranóicos, obrigado! por nos revelarem o seu alter-ego.
    Aos infelizes, dêem-lhes o papel de Actor Principal.
    Aos que trabalham, digam que o Sonho não morreu.
    Aos que reclamam por Mais, vejam as imagens das crianças do Haiti a fazerem bolachas com terra.
    Aos que sofrem, lembrem-se que a vida é curta.
    Aos Poderosos, descobrirão à sua custa que Deus não dorme.

    Ao Luís Cardoso, a Homenagem –não pelo que fez ou fará, isso não é para ele- mas por não se calar e continuar a luta contra a Ignomínia, acreditando que a Realidade pode e deve mudar.

    Força rapaz!

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  10. o anónimo das 00:02, o amigo, não é provavelmente meu amigo, mas adiante, a minha intervenção foi forçada pelas circunstâncias, quando começaram a coberto do anonimato a humilhar a minha pessoa, tinha que calar essa gente, e provavelmente a você? De facto não sei quem é quem, neste processo, mas meu caro, não temo a justiça, clamo por ela, toda a minha vida foi percorrida com honestidade e na luta por uma sociedade fraterna e solidária.
    Nunca me escondi no anonimato, nunca vendi a consciência, não troquei o meu voto por um qualquer privilégio, cometi erros é óbvio que cometi, sempre assumidos na hora, nada das acusações feitas nas minhas costas, por cobardes anónimos, me incomodam, provocam-me uma grande necessidade de vomitar, esse é de facto o único incómodo que não consigo controlar.
    Passe bem!...
    Luís Cardoso

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  11. Porra que este Dr José Ramalho, é um máximo!!

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  12. "De facto não sei quem é quem, neste processo,"

    Luís, pergunta ao anónimo das 14:15, pois ele parece que sabe.
    Pergunto: São estes os amigos com os quais contas, para conseguir a justiça que clamas? E achas que é justo trucidar outros em nome da justiça que procuras?.
    Claro que não tens culpa, mas duvido que te sintas bem.

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  13. tantos comentários palermas, tratem mas é do assunto do homem, este presidente e vereadores que chamem o homem ao edificio onde estão e, lhe comuniquem a decisão do processo, se não tem coragem, assumam-na.

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  14. Claro é isso mesmo.Deixem-se de conversas de caca, e coloquem o Luis Cardoso, no lugar de onde nunca devia ter saido.Sinogas e o actual Presidente são os 2 responsaveis pela situação.
    Vamos ser sérios, e os Secretários Capuxos, que por uns mometos ,Abstenham-se!!

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  15. "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons"
    (Martin Luther King)

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  16. Os dois pesos, duas medidas da CDU.

    O Presidente da Câmara deu conhecimento à vereação da instauração de um inquérito ao funcionamento do canil municipal para apurar eventuais responsabilidades disciplinares do veterinário municipal e das técnicas veterinárias, na sequência das notícias vindas a público sobre alegadas violações da legalidade naquele canil.
    Os vereadores da CDU concordando que o procedimento adoptado era o único que garantia o apuramento da verdade dos factos, apelaram à sua rápida conclusão e necessária divulgação dos resultados obtidos.

    Os Vereadores da CDU
    Publicado: Mais Évora

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  17. E aqui em Mora, a Camara Comunista, deportou para os Estaleiros da Mundet, o Funcionário Luís Cardoso.Dois pesos e duas medidas, onde é Poder aje de uma maneira e onde é oposição faz de outra!!

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  18. «Não há liberdade minha se os outros a não têm.» (Agostinho da Silva)

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  19. Continuo a achar estranha toda esta situação. O tema “Luís Cardoso” tem-se sobreposto aos temas dos últimos posts.
    E tem-se dito de tudo. E penso que se tem omitido alguma coisa.
    Para um processo que já dura há mais de cinco anos, porquê levantar esta questão, ao nível deste blog, nesta altura?
    Se estamos perante uma incorrecta aplicação de uma sanção disciplinar, ou uma prepotência, ou a uma injustiça – seja o que for e chamem-lhe o que quiserem – cometida por um presidente de câmara que foi substituído há mais de um ano, não haveria tempo para que esta questão tivesse sido resolvida com o actual presidente?
    E se esta situação é injusta, para além de já durar há mais de cinco anos, porquê só agora vir a público com tão elevada participação?
    Estaremos a assistir à transformação de um processo disciplinar contra o Luís Cardoso num processo político contra o Luís Simão?
    Ou estaremos perante uma tentativa de absolvição do Luís Cardoso na praça pública, consequência do seu julgamento na mesma praça pública? E, perante esse julgamento na praça pública, estará o Luís Cardoso salvaguardado na sua integridade como cidadão? E os seus “amigos” (e ele próprio) estarão conscientes do risco que o fazem correr?
    Para terminar esta série de questões e dúvidas, e atendendo a que várias pessoas escreveram que estavam na posse (?) do processo, estando na disposição de o divulgar (?), ao mesmo tempo que a maioria dos comentadores e leitores do blog não saberá exactamente o que se terá passado, apetece perguntar de novo: Isto é para absolver o Luís Cardoso? De que crime? Ou é para condenar politicamente o Luís Simão? Afinal o que fez o Luís Cardoso para que lhe tenha sido levantado um processo disciplinar? Foi o Luís Cardoso o único a prevaricar?

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  20. Para equilibrar mais a coisa aqui vai:
    Segundo se consta, lá para os lados da Câmara, e a proveniência é fidedigna,temos (tinhamos) de um lado um ditadorzeco chamado Sinogas que monopolizava todas as vontades naquela casa e não admitia impertinências. Do outro lado, um funcionário chamado Luis Cardoso (foi ele que se assumiu aqui como tal por isso não se venha queixar dos anonimatos) que era metido à bronca e gostava de dar opiniões ao ditador. E começou a guerra.Acontece também que o funcionário gostava de navegar no sistema informático da autarquia e um dia meteu-se por um fiosinho fora e foi até ao miolo da coisa. Como não percebia muito daquilo, mexeu onde não devia e trocou as voltas aos bites. Resultado: a câmara parada dois dias com o sistema emperrado. O ditador não perdoou.
    Quando do processo disciplinar parece que os colegas mais próximos não o beneficiaram muito.
    Parece que houve até um certo alívio. Isto são daquelas coisas que saltam cá para fora à boca-pequena mas como estamos num tribunal (sério) convém ouvir todos os lados. Esta informação vale tanto como todas as anteriores. Infelizmente é disto que o pessoal gosta, começando por mim.
    Fico à espera da resposta. Não me desiludam. Ainda vamos só no 20º comentário ao "eu fui a Lisboa abraçar-te" por isso sobre o tema ainda temos muito que falar. Por favor não se dispersem.
    Passarim beim.

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  21. O que esperam dos comunas? Quando são oposição não largam o osso, quando são poder fazem 10 vezes pior que aqueles que criticam e atacam. Uma cambada ...

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  22. Este ultimo comentário, revela o verdadeiro motivo de tudo isto: Caça aos comunas.Nada mais.

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  23. Pois é os colegas quando andavam à rasca com os bites e bytes gostavam que os ajudassem, mas quando foi necessária a solidariedade e franqueza meteram o rabinho entre as pernas. Mas que merda de sistema informático é aquele que tem na cmm? Não me digam que ainda te aquele software de milhares onde os funcionários tinham de fazer as contas na máquina de calcular. Foi o que deu quando um ignorante só porque tinha o poder resolveu comprar software meio feito aos amigos camaradas. Deu merda e ficou caro. paga zé

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  24. Nesse caso, levante-se um processo disciplinar à merda do sistema informático.

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  25. Então e GAJAS?
    Há gajas ou não há gajas?!

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  26. Olha o que tu tás a querer!!!! É pá, deixa-te disso. Isto assim já está peçonhento, quanto mais meter certas coisas à bulha.

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  27. As gajas emigraram pro brasiu. Ves algumas aqui a passear pelas ruas da aldeia. Isto é um deserto e ainda vai ficar pior com aquela merda que vão fazer na praça

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  28. O estouro do sistema informático, é mais uma reles mentira, e mais uma vez, cobarde, e a coberto do anonimato.
    Há coisa de 2 anos o mesmo sistema informático estourou, foram 2 ou 3 dias sem sistema, o Luís Cardoso, já estava isolado no armazém, quem foi o culpado dessa?
    Existem dois colegas que sabem as causas prováveis do estouro informático de há 6 anos, se eles quiserem podem abrir o jogo.
    Mas o anónimo que aqui descreveu tão bem os acontecimentos, sabe perfeitamente que em sede do processo disciplinar isso foi abordado lateralmente, ninguém me acusou de nada, eu próprio solicitei um inquérito para apuramento das responsabilidades, não o fiz por escrito, errei por isso.
    Nunca quis trazer para a praça pública esta discussão, mas não a temo na praça pública ou na justiça.
    Luís Cardoso

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