
Por causa de uma regra, que nem sequer está explícita na lei, apenas no costume, e que considera que os cidadãos portugueses, agora compulsivamente erguidos ao estatuto de eleitores recenseados, são ou burros ou completamente influenciáveis ou de raciocínio lento e que precisam de 24 horas para reflectir em silêncio sobre em quem querem votar, este texto não pode falar sobre a campanha eleitoral nem sobre nenhum assunto que nela tenha tido reflexos e implicações. Isto, é claro, porque escrevo num jornal de papel. Se escrevesse apenas num meio de comunicação on-line ou num blogue, podia continuar a falar sobre tudo sem limitações. É que a norma, por assim dizer consuetudinária, além de ser absurda está desfasada e regula um mundo comunicacional que já não existe.
"São José Almeida, in Público"
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